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24 de jun. de 2020

LIVE sobre Bernini e o rapto de Perséfone (Prosérpina)

Queridos amigos,


Nesta próxima sexta-feira, dia 26 de junho, às 14h, teremos uma LIVE com Ana Venticinque, do VouPraRoma sobre Bernini e o mito do rapto de Perséfone (Prosérpina) diretamente da Galleria Borghese (Roma).

Compartilhe e avise seus amigos, pois será belo, divertido e muito informativo!

Para assistir, basta entrar no meu Instagram @lufelixlamy ou no @VouPraRoma.

Um grande abraço e até lá!



PS: Ambas as LIVE's estão disponíveis no IGTV do Insta @voupraroma.

Informações sobre viagens à Itália, AQUI



1 de dez. de 2017

A ameaça de Prometeu na tragédia de Ésquilo


“Aí está a prova de que meu espírito percebe muito mais do que as coisas presentes. ” Prometeu.

Gigante e pioneiro das pedagógicas tragédias gregas, Ésquilo (525 a.C.) vislumbrou e vaticinou uma incômoda e perturbadora ameaça (para dizer o mínimo) que, cerca de 2.500 depois, testemunhamos estar a cumprir-se: a de que Zeus (Júpiter/Giove/Jove) também seria destronado.

A saga do titã filantropo, intitulada “Prometeu Acorrentado” explicita um arquétipo da criação humana, onde temos no elemento fogo o simbolismo do conhecimento da arte e a técnica que promove o avanço da humanidade.

Elucidativo é o significado do nome do patrono da humanidade: Prometheus (pro=antes e metheus=vidência) é o que pensa, que vê, que enxerga ANTES.

Em linhas gerais, por ter presenteado a raça humana com algo interdito aos mortais, o fogo, Prometeu sofre um terrível castigo enviado por Zeus (Júpiter), o ordenador do Cosmos.

O relato da tragédia já foi publicado aqui mesmo, na Carta Forense no artigo intitulado: “Prometeu – Direitos do Homem e Hýbris” (setembro de 2009), disponível AQUI.

Retomo a questão nevrálgica dessa tragédia em virtude da constatação de que a ameaça de Prometeu a Zeus, a saber, de que o soberano do Olimpo seria destituído do poder por um de seus filhos, parece caminhar a passos largos para efetivar-se.

Oraculares, sabemos que as tragédias, assim como os mitos, vaticinam, pressagiam acontecimentos por vir. Aventando uma das interpretações possíveis, Zeus, representando a instauração da ordem, o pautar-se por harmonia, simetria e equidade (Justiça) talvez esteja mesmo sendo deposto, assim como ele fizera com seu pai Chronos (Saturno) e este, com seu avô, Urano (Ouranós).

Teogonia primeva, o céu criador (Urano) é destronado pelo Tempo (Chronos) que, por sua vez, é suplantado pela ordem (Zeus) que, nos dias que correm, cede ao egoísmo, à ganância, à vaidade e à absoluta ausência de pudor, enfim, ao caos. Numa palavra, Zeus é subjugado pelo próprio Homem.


Sintomático, exemplo concreto da aviltante degradação da humanidade pode ser constatado ao observarmos, por exemplo, as obras do escultor inglês Marc Quinn. Confira “Buck & Allanah” e confirme a infâmia.

Obviamente, ao artista contemporâneo coube a tarefa de revelar (tirar o véu) a bestialidade na qual culmina o comportamento sexual humano. Infelizmente, sim, o artista talvez esteja mesmo unicamente a representar justamente àquilo no que nos transformamos –, pois não há como negar que, dessacralizadoras, suas esculturas, evidenciam a banalização da conduta sexual humana.

É imperativo que ponderemos sobre o que estamos nos tornando, não meramente calcados por um precipitado e raso julgamento moral (no sentido de certo ou errado), mas pela necessidade de – lúcidos e razoáveis –, atentarmos ao que está despontando e sendo posto em relevo no que tange ao exercício da sexualidade que, sublime ou grotesca, tanto nos eleva e engradece quanto nos bestializa e arruína.

Por mais que sejamos indulgentes em relação às questões de cunho particular da sexualidade, sobretudo entre adultos, pois, o exercício da sexualidade, assim como a Fé é de âmbito privado de cada alma [corpo] individual (como já salientou o filósofo existencialista dinamarquês Sören Kierkegaard), é temeroso que aberrantes exceções possam vir a tornar-se regra.

Atentemos ao que o mundo, através desses “artistas” está a nos dizer, porque somos sim, responsáveis pelo desdobramento de nossos atos, por tudo o que legamos. E nunca estivemos tão passivos (até mesmo coniventes) à bestialidade, em termos de conduta sexual.

“Éthos” é resultado de “mores”. De cabelos em pé é como ficou (e nos deixará) toda a geração que acessou o hardporn de papai & mamãe cujo conteúdo abarcava de tudo, exceto "papai & mamãe". Certamente, um dia a “fatura” chegaria. Para o mundo.


Enquanto personificação de um arquétipo de ordem, Zeus parece mesmo ter sido destronado. Em seu lugar, entrona-se o caos.

Paradigma dessa nova (e, paradoxalmente, antiga) potestade, é ao CAOS contra o qual é preciso insurgirmos, reivindicando e exercendo o direito à liberdade de poder escolher entre o grotesco, bizarro OU o belo, o sublime. Do contrário qual sentido termos sido agraciados com a dádiva de prerrogativas divinas, a saber, o fogo (rátio, logos) do conhecimento?

Infelizmente, um sábio da estatura de Ésquilo dificilmente estaria enganado em seu prognóstico. Até porque, como ele mesmo afirma na tragédia: “Para o sábio o erro é humilhante! ”.



Luciene Felix Lamy
Professora de Filosofia e Mitologia Greco-romana
lucienefelix.blogspot.com


21 de jul. de 2017

Luciene Felix Lamy - Mitologia Grega


Entrevista (06/07/2017) concedida à jornalista Clara Monforte no Programa "Olhos nos Olhos", veiculado pela TV Santa Cecília - Santos, SP


Informações sobre Curso de Mitologia Grega na Galleria Borghese, clique AQUI.







E-mail: mitologia@esdc.com.br


1 de dez. de 2016

O Ideal...


Origem (Gen) é fundamental, portanto, o ideal é que fossemos frutos do amor apropriado (não somente hormônios em ebulição) entre nossos genitores e que eles nos recebessem com muito carinho, empenhando-se em nos proporcionar alimento, educação, segurança e saúde, tanto física quanto psíquica.

Que jamais traíssemos quem confia em nós. E que, periodicamente, viajássemos ao estrangeiro (kxenós), admirando nossas diferenças de vestes, fenotípicas, gastronômicas, linguísticas, artísticas e religiosas. Ideal é que aprendêssemos, ao menos, um idioma além do nosso.

Seria conveniente que primássemos por uma alimentação saudável, priorizando frutas, legumes e verduras, nos abstendo (ou minimizando) da inserção de cadáveres de animais em nossa dieta. E também que tomássemos um pouco de sol e caminhássemos todos os dias.

O ideal é que, disciplinados, atentássemos aos nossos horários de sono e de vigília e que, ordeiros, mantivéssemos nossos papéis, documentos, trabalhos e todo o lar limpo e agradável.

Que, além de uma casa aconchegante, dispuséssemos de boas escolas, professores qualificados e bem remunerados, uma infância segura e a teia de familiares e amigos dispostos a nos amparar. Aliás, que em família, fôssemos como entre amigos, onde não os julgamos por suas diferenças, mas, ao contrário, admiramos (apesar ou) justamente por apresentá-las.

Também seria maravilhoso podermos desenvolver nossas aptidões peculiares e termos acesso ao aprendizado de esportes, artes e música. Que experimentássemos a “suave narcose” advinda da contemplação de obras de arte, encenações teatrais, apresentações de dança e shows musicais.

Ideal seria que todos nós estivéssemos satisfeitos com nosso sexo biológico e desfrutássemos de uma prazerosa vida sexual. E também que fôssemos moderados quanto ao uso de substâncias que alteram a percepção, não abusando do álcool e demais drogas.

Que respeitássemos nossos idosos e, responsáveis por nossa própria sobrevivência, jamais nos valêssemos da vulnerabilidade para extorqui-los ou levá-los a trabalhar à exaustão, causando-lhes preocupação até o fim de seus dias.

Seria perfeito que nossos dirigentes políticos trabalhassem com honradez, dignificando o cargo e as responsabilidades que delegamos a eles, atentando que a “res” (coisa) é pública e não privada.

O ideal mesmo seria que em nenhum lugar do mundo houvesse necessidade de leis e prisões que penalize quem recorre ao aborto, abandono de incapaz, incesto, pedofilia, estupro, assassínio, roubo, corrupção, tráfico e outras atrocidades.

Que desenvolvêssemos ciência e tecnologia a serviço do bem-estar e do progresso da humanidade e que, independente de nossa formação (técnica, graduação e/ou pós), buscássemos estudar também política, arte, filosofia, história, psicologia, antropologia, sociologia, mitologia e literatura, entre tantos outros saberes.

Seria conveniente que, altruístas, contribuíssemos de alguma forma com os desfavorecidos, nos engajando num projeto de cunho filantrópico.

Que, ao contemplarmos o mar, os pores do sol e os luares, estivéssemos cônscios de que reveses, tragédias e infortúnios fazem parte da vida, pois a natureza (physis) é o que é, e nós, de passagem, por instantes fitamos o infinito.

O ideal seria que, recusando naturalmente o grotesco, o desmedido e o desarmonioso, fizéssemos uso do “lógos” (ratio) com qual fomos dotados, priorizando a Bondade, a Beleza e a Justiça, como rogou o maior filósofo de todos os tempos.

Corajosos, que nos erguêssemos por Justiça! Que não tivéssemos medo de dizer o que pensamos, pois essa é a condição do escravo; que manifestássemos nossas opiniões – bem fundamentadas, calcadas e lúcidas –, mas que, antes de criticar aos demais, expiássemos (com “x” mesmo!) nossas próprias fraquezas.

A fim de combater nossa vã glória (vanitas), perfeito seria se recordássemos que a decrepitude e a morte são mesmo inevitáveis. E que não fôssemos tão invejosos quanto a boa Fortuna alheia, pois como diz o provérbio: “Até nas flores vê-se a diferença de sorte, umas enfeitam a vida; outras enfeitam a morte”. E, quanto à ganância, lembrássemos de que nunca teremos o suficiente daquilo que não precisamos.

Que sentíssemos entusiasmo, felicidade e gratidão pela vida –, uma dádiva! –, compreendendo que a Fé, âmbito privado de cada alma individual, é mesmo um espanto para a razão!

Independente de todo esse ideal, boa bússola é a que roga que não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam conosco e –, o cúmulo do ideal, pois é Natal –:  que nos amemos uns aos outros, como Ele nos amou.

Os dois maiores filósofos da Antiguidade: Platão, segurando sua obra “Timeu” (sobre o Cosmos), aponta o dedo para o alto, chamando a atenção para o mundo das ideias. E, Aristóteles (manto azul), discípulo de Platão, com sua mão apontando para o chão carrega a “Ética [a Nicômaco]”, chamando a atenção para realidade. Detalhe da obra “A Escola de Atenas” (1509/11), do renascentista Rafael Sanzio. Museu do Vaticano, Roma.
.

Desejo que em 2017 a Ideia de perfeição (ideal) seja, na medida do possível, perseguida e alcançada, posta em prática. Boas Festas!


É o Belo, é a contemplação da beleza que nos leva a filosofar. Dedicado ao meu Amor, Marcelo Lamy, que hoje aniversaria. Parabéns! Que o Olimpo nos conceda o destino de Filemôn e Baucis.



8 de out. de 2016

Curso de Mitologia Grega na Pinacoteca

PINACOTECA BENEDICTO CALIXTO

10 | NOVEMBRO | 15 ÀS 18H

O point + cult de SANTOS! 

 Pinacoteca Benedicto Calixto pelo fotógrafo Nilo Piccoli.




Intervalo de aula, no Café Bistrô Calixto (imagens abaixo).




Confira, abaixo, alguns trechos de nosso Curso de Mitologia:


MATRÍCULAS - email: mitologia@esdc.com.br

18 de jul. de 2016

Como saber o que lhe reserva o destino?


“Astrologia é uma linguagem. Se você entender essa linguagem, 
o céu fala com você”. Dane Rudhyar

Amigos, acaba de ser publicada a entrevista que concedi sobre ASTROLOGIA, valiosa e antiquíssima ferramenta de autoconhecimento que, junto com a Filosofia e a Mitologia Greco-romana, é outra de minhas paixões!

"CONHECE-TE A TI MESMO"

O que é um mapa astral?
É o “PrintScrenn” do céu, o retrato com todas as constelações, planetas e luminares (Sol e Lua) partindo do local e no momento em que você respirou – ou melhor – inspirou, pela primeira vez que veio ao mundo. Podemos dizer, então, que seu mapa é seu RG cósmico.

O que um mapa astral revela?
Revela nossas potencialidades, as tendências (pathós), as inclinações psíquicas, expõe nossos desafios, as áreas e experiências da vida (Casas astrológicas) com as quais nos depararemos ao longo da vida e que mais chamarão a atenção para nossa evolução enquanto seres humanos.

E no que pode ser útil?
Para que, nos autoconhecendo melhor, possamos evitar forçar portas que, de antemão, já sabemos emperradas ou trancadas, enquanto conheceremos quais são as portas que sempre abertas, encontram-se à nossa inteira disposição. Sem falar dos trânsitos astrológicos, que sempre nos orientam sobre o momento que estamos vivenciando.

Como fazer meu mapa?
Pode-se encontrar excelentes astrólogos na web e, como trata-se de uma tradução (decodificação) de arquétipos, todos lhe transmitirão as mesmíssimas informações, mesmo que de forma diferente. Convém que peça indicação a quem já fez. 

Neste site AQUI, basta inserir seus dados para obter seu mapa e, caso opte por decifrar por si mesmo(a), disponibilizei os Post’s onde ensino a tradução dos posicionamentos dos astros, acesse-os clicando AQUI.
 
Divirtam-se! E, se preciso, estou à disposição!

E-mail: mitologia@esdc.com.br

Publicado originalmente AQUI.

1 de mai. de 2016

"Bela, recatada e do lar" - Empoderamento de potestades ancestrais


 “O feminismo trouxe a ideia confusa de que as mulheres são livres quando servem aos seus empregadores, mas são escravas quando ajudam seus maridos”. G. K. Chesterton


Os adjetivos acima descrevem predicados desejáveis, sobretudo às mulheres casadas, pois referem-se às qualidades de uma esposa platonicamente ideal, aristotelicamente possível. 

Qual mãe – em sã consciência –, não desejaria que filhas e/ou noras congregassem tais virtudes? E, que marido ou filho não se sentiria honrado e orgulhoso de companheira e progenitora assim?

Surpreende, no entanto, que esses atributos estejam sendo – literalmente – desvirtuados, adulterados. Que tempos são esses em que insígnia de beleza, recato e dedicação ao lar torna-se alvo de escárnio, pilhéria e deboche?


Muitas das críticas, compartilhadas através das redes sociais (algumas até divertidas!), foram fruto de uma postura fundamentada especificamente na aversão ao próprio veículo midiático (no caso, a revista Veja), algumas outras tiveram como alvo o fato da cidadã em questão ser cônjuge de famoso estadista envolto no polêmico cenário político atual e, ainda, houve chacota pondo em relevo a diferença etária entre o casal, questionando o afeto que os une.

Sobre os ladridos acima, a caravana passa. Entretanto, muitas das piadas que surgiram foram azeitadas no caldeirão do desprezo e da intolerância a esses notórios e digníssimos atributos (beleza e recato) e condição feminina (do lar), ousando depreciar e rebaixar quem os apresenta.

Eximindo-me de tangenciar sobre as críticas promovidas por nuances meramente especulativas, limitar-me-ei a ponderar sobre os três adjetivos: beleza, recato e cuidado do lar.

Sobre a beleza, embora estejamos cônscios do quanto o fato de dispor de recursos pecuniários para usufruir dos avanços científico-tecnológicos (da medicina estética à indústria cosmética e de moda) possa minimizar a “falta de sorte” nesse quesito, o fato é que, ter sido ou não, agraciado com esse Bem independe de nossa vontade, portanto, nenhum indivíduo deveria ser julgado por contar ou não com essa valorosa dádiva. 

Já o recato, virtude feminina tão enaltecida entre os poetas, literatos e filósofos, se é desejável numa mulher solteira, torna-se imperativo moral numa mulher cujo estado civil – e, presume-se, de Alma – seja o de casada. O decoro e o recato, numa conduta pública, enaltece não somente a mulher que quem assim se apresenta, mas também ao indivíduo com o qual ela compartilha o destino, seu consorte.


Não é de hoje que, de bom grado, o amor dá as mãos à decência. Platão, em seu diálogo “O banquete”, diz que “O Amor deve dirigir a vida de todos os homens que quiserem vivê-la nobremente; é também responsável por algo que nem a riqueza, nem as honras nem a estirpe pode incutir tão bem: “A vergonha do que é feio e apreço ao que é belo”.

O filósofo refere-se ao que os antigos gregos denominavam aidós (pudor), que faz com que aquele que ama tema ser surpreendido numa atitude aviltante, sentindo-se constrangido diante do amado: “todo homem que ama, se fosse descoberto a fazer um ato vergonhoso, ou a sofrê-lo de outrem sem se defender por covardia, visto pelo pai não se envergonharia tanto, nem pelos amigos nem por ninguém mais, como se fosse visto pelo bem amado”. Sem dúvida, o Amor é fonte de inspiração da moral.

Também perspicaz, o “Pai da Psicanálise”, Sigmund Freud, atentou ao fato de que corar é “dar a maior bandeira”, pois ruborizar denuncia. Denuncia o quê, exatamente? Esse pudor, que tanto promove a virtude!

Por fim, a referência a ser “do lar”, esse topós (do grego, lugar) ancestral, indispensável alicerce que fomenta, nutre e zela por todos nele amparados.


Santuário privado, o lar é tão emblemático que os antigos povos gregos e também romanos designavam e cultuavam uma divindade para zelar especificamente por essa instância: a casa (oikós, em grego).

Aos desatentos que afirmaram tratar-se de discurso machista, típico das décadas de 50/60, vale lembrar que desde a Teogonia (sobre a origem dos deuses), de Hesíodo (cerca de 600 a.C.), está mais do que claro e, há tempos bem assentado que, lugar da mulher é aonde ela quiser e em funções para as quais ela tenha aptidão.



Para citar alguns exemplos, partindo da potência (dynamis) feminina primordial, Gaia (a Terra), encontramos já na primeira geração de deuses, arquétipos femininos atemporais tais como: Afrodite (Vênus), deusa do amor e da beleza, Deméter (Ceres/Cibele), como sendo a deusa nutriz, responsável pelo trigo que alimentará a humanidade; a deusa Hera (Juno), consorte do soberano do Olimpo, Zeus (Júpiter), protetora do casamento, que personifica direitos e deveres do matrimônio, das relações ditas “legítimas” e a reclusa deusa Héstia (Vesta), a quem foi atribuída a função de reverenciar o Lar, mantendo acesa a chama sagrada, cultuando os antepassados e zelando pela família.

Já na segunda geração de deuses, o panteão olímpico greco-romano está repleto de divindades que se apresentam em funções até bem másculas, mas que, no entanto, são exercidas por mulheres de fibra e de verve indômita, tais como a deusa da sabedoria, justiça e da techné, Palas Athena (Minerva) ou mesmo a arredia e destemida caçadora, como Ártemis (Diana).

Como cronidas que somos (filhos de Chronos/Saturno, o deus do Tempo cronológico), é breve o tempo que dispomos para amar e zelar pelos que geramos e que dependem de nós e, assim como seria injusto e improdutivo delegar a uma criança a incumbência de cuidar do lar ou a um idoso a tarefa de guerrear, defender território ou trazer a caça, não surpreende que a mulher abrace funções necessárias ao bom funcionamento da casa.

A casa, reduto de aconchego, segurança e amparo à família, reconhecidamente célula da sociedade, requer quem se embrenhe na luta pelos proventos, quem zele por sua manutenção, pelo asseio e a higiene, pela preparação dos alimentos, quem cuide do ir e vir, da agenda e da saúde de todos.

Independente de: idade, gênero, estado civil, raça ou opção religiosa, seja em dez ou mil metros quadrados, a maioria de nós habita uma casa. E, mesmo que pertençamos à classe dos abastados, a alguém caberá a incumbência de orientar e supervisionar o trabalho dos domésticos, administrando-os.

As infindáveis tarefas das heroicas e anônimas donas de casa, que saúdam a aurora preparando o café da manhã para a família e despedem-se de tão exaustiva jornada lembrando de algo para a refeição do dia seguinte, não são menos dignas e necessárias à sociedade que a de uma notória cientista ou estadista. 

Aliás, mesmo não sendo “do lar”, é muito provável que, para que possamos nos dedicar às letras, à ciência e à política, tenhamos a sorte de contar com alguém que – por amor ou salário – desincumbe-se das tarefas domésticas por nós.

Polítropos, o fato de que permaneçam abertas as inúmeras opções para o emprego de nossas capacidades, interesses e prioridades, não nos isenta de, eventualmente, escolhermos, comprarmos e prepararmos nossos alimentos, de recolhermos algumas tralhas pela casa e pendurar roupas no varal. Tarefas mundanas, corriqueiras, deveres atemporais: são, foram e sempre serão.

Considerando que, à revelia, pode-se ser vítima da fealdade (feiura) e tem-se todo o direito de dispensar o recato em situações públicas (o que é lamentável, mas não proibido), deveríamos, no mínimo, respeitar àqueles que – por escolha ou necessidade – cuidam de nosso lar, pois é também disso que trata a Economia (oikós + nomós = lei da casa).

Para o meu Marcelo.

1 de abr. de 2016

O que é o Câncer?



A filosofia é apenas um retorno consciente dos dados da intuição”. Henri Bergson

Há momentos na vida – diante de um diagnóstico de câncer -, por exemplo, em que, frágeis e impotentes, nos flagramos perscrutando convicções dantes “inquestionáveis”. 

No lamaçal da areia movediça da angústia, erguemos os olhos aos céus e, tal qual Demócrito (520-440 a.C.), aventamos: "Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode”. 

E o filósofo prossegue examinando as hipóteses: “Se [Deus] quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que, igualmente, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com Deus, donde provém então a existência dos males? Por que Deus não os impede?". 

Ao inquirirmos sobre a origem de um Mal como o câncer, o lógos (raciocínio) se embrenha na busca por relações de causalidade. 

Intriga-nos o fato de que nem mesmo os pequenos inocentes sejam poupados dessas enfermidades, muitas vezes hereditárias, pois provenientes de uma “hamartía”, que na tragédia grega é a marca do erro, da falta cometida por algum antepassado.

Não surpreende que a palavra hamartía apresente-se tanto na tragédia quanto na medicina, nessa última, indicando “problema de desenvolvimento, causado pela combinação e localização anormais de tecidos normalmente existentes em uma determinada área”.

Nesse sentido, os mitos, as tragédias e os pioneiros da medicina são elucidativos, pois traduzindo e comunicando o incognoscível, nos alertam para os grandes perigos da existência, explicitando o desencadeamento de ações que, por hýbris (desmedida), culminam em perda, dor e lamento.

Para Sócrates, corpo e alma são indissociáveis: “Assim como não é possível tentar a cura dos olhos sem a da cabeça, nem a [cura da] cabeça sem a do corpo, do mesmo modo não é possível tratar do corpo sem cuidar da alma, sendo essa [a alma] a causa de desafiarem muitas doenças e o tratamento dos médicos helenos [gregos], por desconhecerem estes o conjunto [corpo e alma] que importa ser tratado, pois não se pode ir bem a parte quando vai mal o todo.”

Corroborando essa suspeita socrática, antigamente os enfermos pernoitavam no templo de Apolo, deus da saúde, da música e da harmonia para que, concentrados em seus sofrimentos e sob a influência do sagrado (Fannum), atinassem aos indícios de desordens e desarmonias psíquicas que se materializavam no corpo.

O termo grego “karkínos” (carcinos, daí carcinoma), já fora utilizado pelo Pai da Medicina, Hipócrates, e significa caranguejo, o crustáceo ao qual é dedicado a constelação que identifica o signo astrológico de câncer.

“Karkínos” refere-se também à emblemática enfermidade de câncer que, embora não seja a principal causa de óbitos no mundo (as moléstias cardiopatas detém pole position), tem sido considerado “O” grande mal, desde o século passado.

Conceituando, o câncer – enfermidade multifatorial (ou seja, não é de causa única) – é, por definição: “o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado, portanto, maligno, de células que invadem os tecidos e/ou órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.”.

A associação da moléstia de câncer ao caranguejo que – ligeiro, move-se para todos os lados e cujas patas dianteiras são como pinças que agarram com firmeza – também foi apontada pelo médico, farmacêutico e filósofo romano Claudio Galeno (cerca de 130 d.C.) e deve-se aos aspectos do tumor, que assemelham-se à figura do crustáceo, bem como ao fato da doença ser silenciosa e sorrateiramente agressiva, prendendo-se à vítima e, em alguns casos, destruindo-a até o fim.

Como em outras terríveis mazelas vivenciadas por nossos antepassados (a lepra nos tempos bíblicos, a peste no medievo e a tuberculose no séc. XIX, por exemplo), sobre o câncer paira o estigma de sentença de morte.

Uma vez que, na antiguidade, acreditava-se que o câncer era desencadeado pela “bile negra”, pela “melancolia” e demais estados de alma, outro estigma que a doença carrega é o da incapacidade de lidar adequadamente com as vicissitudes emocionais.

As suspeitas quanto ao cunho “metafísico” (além/acima da física) da moléstia persistem até os dias atuais: “peste moderna, o câncer não significa nada mais que um duro golpe do destino (…). Pode significar punição, culpa ou pecado (...)”, afirmam os estudiosos Hürny e Adler (1991).

Embora a ideia de que distúrbios corpóreos (soma) tenham origem psíquica esteja presente em todas as culturas e seja tão antiga quanto a medicina, o termo “psicossomático” foi cunhado no século passado por Heindroth.

Construtores das bases teóricas e técnicas da psicossomática moderna, Franz Alexander e Michael Balint afirmam que: “Teoricamente, cada doença é psicossomática, uma vez que fatores emocionais influenciam todos os processos do corpo através das vias nervosas e humorais (…) a presença de conflitos inconscientes pode levar à manifestação de queixas físicas (...)”.

Também pioneiro da psicossomática, Georg Groddeck (1923) é contundente: “A doença não provém do exterior, o próprio ser humano a produz”, o que corrobora a tese de que todos os organismos sejam capazes de desenvolver câncer.

A proposta cartesiana de fragmentar (dividir em partes) para conhecer melhor, tratando a doença e não o doente – um ser complexo e sujeito a fatores não apenas orgânicos, mas também emocionais e culturais – eclipsou o imperativo de enxergar o paciente como um todo, o que está sendo retomado através da psico-oncologia (confira os vídeos abaixo).

Sendo a doença, representação simbólica de nossas predisposições psíquicas, a cura deve atentar à sua globalidade de forma multidisciplinar (aspectos filosóficos, psicológicos e sociais), para que se possa compreender “os destinos da excitação pulsional no organismo e sua possibilidade de descarga”.

Na anamnese, quando trazemos a memória à tona, diante de um paciente acometido por “alexia”, que é a falta de palavras para exprimir emoções, os antigos asclepíades indicavam a interpretação dos sonhos como caminho para compreensão das neuroses (confira outras prescrições terapêuticas no Capítulo “Apolo, Quíron, Asclépio e Hipócrates – o mito grego da medicina.” em Mitologia na Escola, publicado pela Editora Paulus, de minha autoria).


É inegável que o reconhecimento e a reação às emoções “(...) depende essencialmente da valorização subjetiva dada pelo indivíduo e de como a pessoa constrói mentalmente o fato”. Isso é o que, além de nos tornar mais (ou menos) susceptíveis aos golpes da vida, confere caráter inexato à medicina.


Somos parte de um meio extremamente complexo de sistemas (genético, anatômico, neurológico, endócrino, imunológico, psicológico, social, etc.) e em níveis diversos, do subcelular ao ambiental, daí a relevância do calibre e do tom da linha com a qual alinhavamos as experiências afetivas que podem culminar em sentimento de culpa, raiva, desgosto, mágoas e ressentimentos.

Os primitivos, detendo um sistema de pensamento místico ou pré-lógico, talvez tenham intuído que o câncer/doença tenha algo a ver com o câncer/signo astrológico, pois ambos dizem respeito aos mesmíssimos temas: origens, antepassados, emoções e relações familiares.

“Karkínos” aponta para uma correlação simbólica entre o caranguejo moléstia e o caranguejo constelação (signo zodiacal) – ambos câncer –, que tanto sensibilizam, pois dizem respeito à nossa maior fonte de  abandono e desgosto e/ou de amparo e felicidade: a família, que - PARADOXALMENTE! - o diagnóstico de um câncer tanto une.

Que você e toda a sua família seja abençoados com a cura e que, neste processo, perscrutando sua Alma, adquirindo profundidade e perspectiva, descubra que a maior das vitórias é a que obtém consigo mesmo. Fé! 





Sugestão de leitura:
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17 de mai. de 2015

Mala CULTURAL para a Europa!

Rapto de polyxena, Loggia dei Lanzi. Piazza della Signorina, Firenze.

Convido-os a conferir minha mais recente empreitada: a de proporcionar-lhes uma preciosa bagagem intelectual à Europa para que, munidos de conhecimentos, possam desfrutar com ainda mais profundidade de toda a beleza das obras de arte nos museus, conferindo de perto o legado dos maiores gênios da humanidade.

B A G A G E M * D A * A L M A



Quando decide viajar, você escolhe o destino, adquire as passagens, reserva o hotel e seleciona os principais pontos turísticos.

Confere seu passaporte, faz as malas e parte em busca de novas descobertas. Obviamente, as visitas aos museus fazem parte de seu itinerário.  

Preparou-se para contemplar as mais belas obras de arte?

Antes de sua viagem, no conforto de sua casa (ou em nossa Sala de Aula, em Higienópolis), você e toda sua família munem-se das informações necessárias tais como: períodos, artistas e principais obras.


Trata-se de um minicurso (de 4 a 6h/aulas) personalizado (on demand), focado nos acervos dos museus que pretendem visitar: Museo del Prado (Madrid) - Museu Calouste Gulbenkian (Lisboa) - National Gallery (Londres) - Louvre (Paris) - Museu do Vaticano (Roma) - Galleria degli Uffizi (Florença) - Pergamon (Berlin) - Galleria Borghese (Roma) e outros.

Com uma base sólida em filosofia, mitologia e arte, você aproveita mais, MUITO mais, otimizando seu investimento. Verdadeiramente luxuosa, essa é a única bagagem que não se extravia!

Para mais informações, envie e-mail para: mitologia@esdc.com.br

Confira abaixo o vídeo sobre nosso Curso de Mitologia Greco-Romana (anual) na Galleria Borghese, em Roma.


E, no vídeo abaixo, as novidades que reservamos para a Turma de SETEMBRO/2015.



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ESCOLHA & CLIQUE (leia no topo). Cultura faz bem ao Espírito!


Eis que a Sabedoria reina, mas não governa, por isso, quem pensa (no todo) precisa voltar para a caverna, alertar aos amigos. Nós vamos achar que estais louco, mas sabes que cegos estamos nós, prisioneiros acorrentados à escuridão da caverna.

Abordo "O mito da caverna", de Platão - Livro VII da República.

Eis o télos (do grego: propósito, objetivo) da Filosofia e do filósofo. Agir na cidade. Ação política. Phrônesis na Pólis.

Curso de Mitologia Grega

Curso de Mitologia Grega
As exposições mitológicas explicitam arquétipos (do grego, arché + typein = princípio que serve de modelo) atemporais e universais.

Desse modo, ao antropomorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características genuinamente humanas, os antigos revelaram os princípios (arché) de sentimentos e conflitos que são inerentes a todo e qualquer mortal.

A necessidade da ordem (kósmos), da harmonia, da temperança (sophrosyne) em contraponto ao caos, à desmedida (hýbris) ou, numa linguagem nietzschiana, o apolíneo versus o dionisíaco, constitui a base de toda antiga pedagogia (Paidéia) tão cara à aristocracia grega (arístois, os melhores, os bem-nascidos posto que "educados").

Com os exponenciais poetas (aedos) Homero (Ilíada e Odisséia), Hesíodo (A Teogonia e O trabalho e os dias), além dos pioneiros tragediógrafos Sófocles e Ésquilo, dispomos de relatos que versam sobre a justiça, o amor, o trabalho, a vaidade, o ódio e a vingança, por exemplo.

O simples fato de conhecermos e atentarmos para as potências (dýnamis) envolvidas na fomentação desses sentimentos, torna-nos mais aptos a deliberar e poder tomar a decisão mais sensata (virtude da prudencia aristotélica) a fim de conduzir nossas vidas, tanto em nossos relacionamentos pessoais como indivíduos, quanto profissionais e sociais, coletivos.

AGIMOS COM MUITO MAIS PRUDÊNCIA E SABEDORIA.

E era justamente isso que os sábios buscavam ensinar, a harmonia para que os seres humanos pudessem se orientar em suas escolhas no mundo, visando atingir a ordem presente nos ideais platônicos de Beleza, Bondade e Justiça.

Estou certa de que a disseminação de conhecimentos tão construtivos contribuirá para a felicidade (eudaimonia) dos amigos, leitores e ouvintes.

Não há dúvida quanto a responsabilidade do Estado, das empresas, de seus dirigentes, bem como da mídia e de cada um de nós, no papel educativo de nosso semelhante.

Ao investir em educação, aprimoramos nossa cultura, contribuimos significativamente para que nossa sociedade se torne mais justa, bondosa e bela. Numa palavra: MAIS HUMANA.

Bem-vindos ao Olimpo amigos!

Escolha: Senhor ou Escravo das Vontades.

A Justiça na Grécia Antiga

A Justiça na Grécia Antiga

Transição do matriarcado para o patriarcado

A Justiça nos primórdios do pensamento ocidental - Grécia Antiga (Arcaica, Clássica e Helenística).

Nessa imagem de Bouguereau, Orestes (Membro da amaldiçoada Família dos Atridas: Tântalo, Pélops, Agamêmnon, Menelau, Clitemnestra, Ifigênia, Helena etc) é perseguido pelas Erínias: Vingança que nasce do sangue dos órgãos genitais de Ouranós (Céu) ceifado por Chronos (o Tempo) a pedido de Gaia (a Terra).

O crime de matricídio será julgado no Areópago de Ares, presidido pela deusa da Sabedoria e Justiça, Palas Athena. Saiba mais sobre o famoso "voto de Minerva": Transição do Matriarcado para o Patriarcado. Acesse clicando AQUI.

Versa sobre as origens de Thêmis (A Justiça Divina), Diké (A Justiça dos Homens), Zeus (Ordenador do Cosmos), Métis (Deusa da presciência), Palas Athena (Deusa da Sabedoria e Justiça), Niké (Vitória), Erínias (Vingança), Éris (Discórdia) e outras divindades ligadas a JUSTIÇA.

A ARETÉ (excelência) do Homem

se completa como Zoologikon e Zoopolitikon: desenvolver pensamento e capacidade de viver em conjunto. (Aristóteles)

Busque sempre a excelência!

Busque sempre a excelência!

TER, vale + que o SER, humano?

As coisas não possuem valor em si; somos nós que, através do nôus, valoramos.

Nôus: poder de intelecção que está na Alma, segundo Platão, após a diânóia, é a instância que se instaura da deliberação e, conforme valores, escolhe. É o reduto da liberdade humana onde um outro "logistikón" se manifesta. O Amor, Eros, esse "daimon mediatore", entre o Divino (Imortal) e o Humano (Mortal) pode e faz a diferença.

Ser "sem nôus", ser "sem amor" (bom daimon) é ser "sem noção".

A Sábia Mestre: Rachel Gazolla

A Sábia Mestre: Rachel Gazolla

O Sábio Mestre: Antonio Medina Rodrigues (1940-2013)

O Sábio Mestre: Antonio Medina Rodrigues (1940-2013)

Você se sentiu ofendido...

irritado (em seu "phrenas", como diria Homero) ou chocado com alguma imagem desse Blog? Me escreva para que eu possa substituí-la. e-mail: mitologia@esdc.com.br