No artigo anterior, versávamos sobre o comediógrafo grego Aristófanes (455a.C.-365a.C) e uma de suas peças teatrais, “As Nuvens”, onde explicita seu repúdio às novas pedagogias que insurgem em Atenas. Importante esclarecer que, errôneamente, Aristófanes elegeu Sócrates por alvo de sua crítica porque identificou nele o mais famoso representante daqueles indivíduos pelos quais nutria profundo desdém: os sofistas, sábios que mediante pagamento se dispunham a ensinar a arte da retórica a fim de vencer qualquer litígio. Analogamente, é como se, para desferir críticas às igrejas, apontássemos Jesus Cristo. Sócrates foi Mestre no ensino do instrumento e não responsável pelo mal uso que fizeram dele.
Angustiado, o velho e endividado Strepsíades lamenta que, à medida em que as fases da lua se alteram, vai se aproximando o prazo de vencimento das dívidas. Apesar de todo seu desespero, tanto o filho quanto seu escravo não fazem outra coisa senão dormir e peidar. Inútil lamentar-se pois, com a possibilidade de guerra, é fácil escravos deserdarem. Não conseguindo, ele mesmo, lograr sucesso no Pensatório de Sócrates, por lhe faltar preparo intelectual, insiste e louva ter, finalmente, conseguido convencer e matricular o filho. Strepsíades comemora e não esconde sua expectativa com o sucesso que a arte da retórica promete.
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Um comentário:
Prezada Profa. Luciene Felix,
Sem parafraseamentos, sua escrita foi extremamente 'feliz' pela clareza e erudição,
Atenciosamente,
Prof. Dr. Pe. Pedro Paulo Alves dos Santos
Pós-Doutorando em Estudos de Literatura - PUC-RIO
Doutor em Teologia Bíblica - PUG - Roma (1997)
Doutor em Estudos Literários - PUC - Rio (2006)
Professor do Programa de Pós-Graduação do departamento de Teologia -PUC-RIO (1997-2003)
Editor Brasileiro da Revista 'Communio' (2002-2006).
Avaliador do MEC/SINAES (2006)
Assessor Científico "Ad Hoc" da EDUEL
Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. (SBEC)
Membro da Associação Brasileira de Literatura Comparada.(ABRALIC)
Faculdade de Letras - UNESA (Estácio de Sá)
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