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1 de ago. de 2010

Pluto - Aristófanes - A quem a Riqueza acompanha?



“É ilusão achar que enriquecer torne os homens melhores;
A virtude não está relacionada à riqueza ou pobreza”.

Hilárias, desbocadas e atualíssimas são as revelações do comediógrafo grego Aristófanes, em sua obra “Pluto – A Riqueza” (388 a.C.), que ilustra como os espertos se apropriam da riqueza.

Cego, Pluto, o deus velho e maltrapilho da Riqueza, foi privado de poder escolher a quem distribuir a dádiva da fartura e da bonança: “Foi Zeus que me fez isso, por má vontade aos homens. Quando eu era rapaz, ameacei que só me dirigiria aos justos e sábios e honestos. E ele fez-me cego, para que não distinguisse nenhum deles. É assim que ele inveja os bons”.

Na peça, tudo começa com o impagável escravo Carião acompanhando seu senhor, Crêmilo, um modesto agricultor que, preocupado com o futuro de seu único filho, decide consultar o Oráculo de Apolo, a fim de saber se, para obter êxito na vida, convém que o rapaz permaneça bom e justo ou deve moldar-lhe o caráter para canalha e injusto.

O oráculo ordena que Crêmilo siga o primeiro transeunte que encontrar à saída do Templo e que o persuada a ir até sua casa. Ele então se empenha para que um velho e cego mendigo (Pluto!) os acompanhe.

Carião, chamando o patrão de grandessíssimo pateta, interpreta o oráculo por sua conta, assevera que Crêmilo deve educar o filho na maneira tradicional: “Porque até a um cego parece evidente o quanto importa nada fazer de útil nos tempos que correm”.

O camponês, desdenhando a opinião de Carião, aborda o mendigo e indaga quem ele é: “Eu sou Pluto”. Carião não se contém: “Tu, Pluto, com essa aparência desgraçada!”. Após ouvir o porquê do deus da Riqueza viver assim, Crêmilo fica estarrecido e diz que Zeus só é honrado justamente pelos bons e justos, ao que Pluto concorda.

Ele pergunta então se, caso voltasse a enxergar, o deus da Riqueza fugiria dos maus e procuraria os justos, ao que ele promete que sim, sem dúvida, pois há muito tempo não os vê. Crêmilo diz que isso não é maravilha nenhuma, pois ele próprio, mesmo enxergando muito bem, também não avista nenhum.

Tanto Crêmilo quanto seu fiel escravo Carião insistem não haver melhor caráter que eles: “Isso é o que todos dizem. Mas quando, verdadeiramente, me apanham e se tornam ricos, simplesmente ninguém os excede em patifaria”, diz Pluto.

Prometem levá-lo ao templo de Asclépio (deus da Medicina), mas Pluto, temente a Zeus (tenho um medo dele que me pelo), receia voltar a ver.

Decidido a fazê-lo rever seus conceitos, Crêmilo diz: “Ó, a mais covarde de todas as divindades! (...) Fique calmo. Eu provar-te-ei que tens muito mais poder do que Zeus”.

Dialéticos, numa sintonia hilariante, Crêmilo começa inquirindo: “Por que é que Zeus reina sobre os deuses?”. Carião, prontamente responde: “Pelo dinheiro, porque tem muitíssimo”. Crêmilo: “Aí está! E quem é que lho dá?”. Carião, encostando-se a Pluto: “Este aqui”.

Pluto fica mudo e eles prosseguem dizendo que os sacrifícios feitos em honra a Zeus buscam as graças de Pluto: “Rezam para enriquecerem sem demora. Não é este sujeito então a causa, e não acabará com tudo isso facilmente, se quiser?”

Crêmilo explica que é por Pluto que agradam ao soberano do Olimpo: “tu sozinho destruirás a força de Zeus (...) se há alguma coisa de brilhante, belo e agradável aos homens, é graças a ti que acontece. Tudo está submetido à riqueza”.

Carião reitera que ele mesmo, por exemplo, é escravo por causa de meia dúzia de patacas: “eu que antes era livre”. E Crêmilo prossegue: “E dizem que as prostitutas de Corinto quando um pobre, por acaso, as tenta, nem sequer lhe prestam atenção. Mas se é rico, logo lhe oferecem o cu”.

Carião auxilia Crêmilo em toda essa persuasão dizendo que os rapazes, por amor ao dinheiro, fazem o mesmo: “Não os honestos, mas os venais”. Ironicamente, esclarecem que os honestos pedem cavalos, belos mantos: “Talvez, envergonhados de pedir dinheiro, cobrem de uma crosta de palavras bonitas a sua desvergonha”.

Empenhadíssimos, Crêmilo e Carião se intercalam: “Graças a ti foram descobertas, entre os homens, todas as artes e manhas: um de nós, sentado, remenda os sapatos, outro é ferreiro, outro ainda é carpinteiro... Outro ourives, com o ouro que lhe dás... E outro é gatuno, por Zeus, outro ainda é arrombador. E o tintureiro... E o que lava as peles... E o que amacia os couros... E o que vende cebolas... O que é apanhado em adultério”.

Pluto está estarrecido: “Infeliz de mim! Quanto tempo isso me escapou!”.

Carião e Crêmilo se entusiasmam ao perfilar que o dinheiro é a mola propulsora de tudo e de todos: “E o Grande Rei [chefes de Estado], por quem se dá ares, senão por ti? E a Assembléia [política], não é por causa dele que reúne? E então? E não és tu que dás de comer em Corinto ao exército mercenário? Não é graças a ele que Agírrio [vive de lucros] peida? E Filépsio [jogador] não trapaceia por tua causa? E as alianças [com ditadores] não são graças a ti? Não é por ti que Laís [a mais bela prostituta de Corinto] é amante de Filônides [desajeitado, mas muito rico]?

Concluindo, Crêmilo aponta: “E os negócios não se resolvem todos, graças a ti? Tu és de tudo o agente exclusivíssimo, quer do bem, quer do mal, fica-o sabendo”. E, tocando os ombros de Pluto, diz até a guerra, não vencem os justos, os que têm razão, mas àqueles sobre os quais Pluto pousa.

O deus da Riqueza fica espantado: “Sozinho, sou capaz de fazer tanta coisa?”

Crêmilo: “muito mais do que isso, de tal modo que jamais alguém está cheio de ti. De todo o resto nos saciamos: de amor; de pão [Carião só cita as comidas]; de música; de guloseimas; de glória; de bolachas; de coragem; de figos secos; de ambição; de papas; de comandos militares; de sopa de lentilhas... Mas de ti nunca ninguém ficou cheio. Se alguém recebe treze talentos, muito mais deseja receber dezesseis. E quando os alcança, quer quarenta ou diz que a vida não merece ser vivida.”

Pluto fica convencido: “Parece-me que vocês dois falam muito bem. Só receio uma coisa... Como dessa força que vocês dizem que tenho, virei eu a tornar-me senhor”.

Crêmilo: “Dizem todos que a riqueza é a coisa mais covarde que existe”. Pluto revida: “Isso foi um arrombador qualquer que me caluniou. Uma vez, conseguindo entrar em casa, não logrou levar nada, porque encontrou tudo fechado. E então chamou a minha previdência... covardia”.

O agricultor assegura que Pluto voltará a enxergar e pede que Carião vá chamar outros camponeses para que participem da parte de Pluto. E, virando-se para o deus da Riqueza diz: “E tu, Pluto, a mais poderosa de todas as divindades, entre aqui para dentro comigo! Esta é a casa que tu precisas encher de riquezas hoje, com justiça ou sem ela”.

O deus Pluto confessa que se aborrece profundamente cada vez que entra numa casa: “Se entro, por acaso, em casa de um homem econômico, imediatamente me esconde embaixo da terra. E se algum amigo honesto vem pedindo-lhe um dinheirinho, nega jamais ter-me visto. Mas se, por acaso, entro em casa de um maluco, dado a putas e a ao jogo, saio pela porta afora nu, num instante”.

Crêmilo o tranqüiliza dizendo que isso ocorre porque ele nunca encontrou um homem equilibrado como ele. Apressado, convida-o a conhecer sua mulher e seu filho: “(...) que é quem mais amo, depois de ti”. “Bem o creio”, diz Pluto. E Crêmilo: “Por que é que se não há de dizer-te a verdade?”

Aristófanes revela que o deus da Riqueza, não agracia, necessariamente, bondade, honestidade ou Justiça. Manipulado por quem o venera, sucumbe à ardilosidade dos astutos.

13 comentários:

Ronaldo Pereira de Lima disse...

Cara Luciene,
o conteúdo do seu blog detém conhecimentos relevantes para os atuais dias. Filosofar deveria ser uma prática para quem vive nesse miserável mundo.
No entanto, você precisa melhorar a distribuição das cores do template e diminuir a quantidade de posts para leitura.

Abraço!!!

Maria do Rosario Sampaio disse...

Eu adoro tudo em seu blog.Seu bom gosto no layout (é assim que se chama? é indíscutivel.Fico pensando quanto tempo leva para preparar tudo isso..Como faço para ter acesso aos demais textos que vc deixou disponivel no passado? Penso que todos podem ajudar-me na produção de meus trabalhos escolares .Obrigada !

Gean disse...

Querida Lu ,Aristofanes parece um marxista ao explicar toda ateia das relações sociais pelo víés da economia(em vez de economia ele diz Riqueza)

Muitas vezes não basta bajular e convencer o deus Pluto.
Invariavelmente o deus Pluto é seduzido por uma deusa chamada Fortuna (no sentido de sorte)e então nem precisarás 'mexer um dedinho' e ele,Pluto , te contemplará!

Gostei muitíssimo e espero acontinuação..

Amiga,ficou muito prático localizar logo de primeira sua última postagem!(antes dava um trabalhão encontrar! rs)
Como disse uma pessoa acima..talvez seja o caso de um excesso de postagens e gravuras-quadros-pinturas(não sei como se chama) ,causando assim uma certa 'poluição visual'!

Abraço e beijo Lu!

Luciene Felix disse...

Caro amigo Ronaldo,

Concordo com suas palavras: “Filosofar deveria ser uma prática para quem vive nesse miserável mundo.”

Quanto às suas sugestões, me empenharei em acatá-las. Mas antecipo tratar-se de tarefa ingrata... Não imaginas quantas coisas boas (imagens e textos) excluo, justamente, para não sobrecarregar e cansar o leitor.


Querida amiga Rosario,

Fico feliz que gostes. Tempo, leva mesmo. Mas se for aos pouquinhos, como faço (cada dia um toquezinho aqui, uma ajeitadinha ali...), um belo dia, nos surpreendemos com o resultado. Para acessar os demais textos, basta clicar num dos meses da lateral esquerda. Mas antes, recomendo que escolha sobre qual o tema deseja se debruçar. Para facilitar, deixei a relação de todos eles no ícone “Filosofia”, na barra superior.

Sou eu quem agradece por tê-la como leitora Rosario.


Olá Gean,

Não li Marx, minha querida. Há uns dois anos, havia um curso para “O capital”, lá na PUC. Semanal, mas era um semestre inteiro, rs. Fica para outra ocasião.

A Fortuna grega é a deusa Tyché. É a tal “sorte” à qual te referes. Creio que Pluto diga respeito ao vil metal mesmo, pois Tyché é mais ampla e abarca mais que Riqueza material.

Pretendo postar a continuação sim, quando entra a Pobreza reivindicando seus direitos e uma coroa patética, dada a sustentar um garotão que agora, por ter se tornado rico, a despreza. Uma comédia, rs.

Vou tentar amenizar essa tal “poluição visual”. Mas, aos poucos... Dá um dó excluir coisas tão belas.

Mil beijos à vocês amigos e muitíssimo grata pelos comentários, sugestões e críticas.

Lu.

Anônimo disse...

Amar você, com a maturidade intelectual que temos hoje, seria uma experiência inesquecível!

IMPÉRIO DOS DEUSES Olimpianos disse...

Sim, quem venera a riqueza, só pode manipulá-la mesmo...
Um beijo Lu.
Vou seguir seu blog, espero que siga o meu tbém!
Sarah Micucci
http://imperiodosdeuses.blogspot.com/

Anônimo disse...

Seu blog é uma delicia... passeio por ele sempre que posso!
Parabéns!

Marcella Lanner Carvalho

Luciene Felix disse...

Amigos,

Cego, Pluto, o deus velho e maltrapilho da Riqueza, foi privado de poder escolher a quem distribuir a dádiva da fartura e da bonança: “Foi Zeus que me fez isso, por má vontade aos homens. Quando eu era rapaz, ameacei que só me dirigiria aos justos e sábios e honestos. E ele fez-me cego, para que não distinguisse nenhum deles. É assim que ele inveja os bons”.

Estive ponderando, com meu Amor, sobre em qual circunstância Zeus invejaria os homens. Para mim, o soberano do Olimpo invejaria àqueles que, mesmo pobres, permanecem justos e honestos; já meu Amor diz que Zeus invejaria mesmo é àqueles que além de justos e honestos, são abençoados por Pluto (têm Riquezas). Tem lógica. mas ainda não estou certa sobre esse ponto.

Beijos,

lu.

Gean disse...

Lu,tem um anônimo com um ataque de amor platonico por aqui ..rs

Luciene Felix disse...

Olá querida Gean,

Distinto; Cortês; Platônico. Ideal.

Beijos minha amiga,

lu.

Fernando Rodrigues Felix disse...

Querida Lu, gostei muito dessa estória. Boa estória para uma sociedade plutocrática.

Anônimo disse...

Colocações de sabedoria ímpar. Pesquisando pos graduação nesta página fiquei feliz em encontrar coleção tão digna de ser visitada, e que me impulsionou a revisitar a filosofia à luz dos anos que me separam da formação acadêmica. Grata.
Suzete Celi Rissio

Anônimo disse...

Descobri hoje o seu Blog, digamos que é uma fonte de cultura clássica acachapante e arrasadora que exige mil retornos e aprofundamentos diante de tal cabedal de conhecimentos.

Isaias Malta

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Eis que a Sabedoria reina, mas não governa, por isso, quem pensa (no todo) precisa voltar para a caverna, alertar aos amigos. Nós vamos achar que estais louco, mas sabes que cegos estamos nós, prisioneiros acorrentados à escuridão da caverna.

Abordo "O mito da caverna", de Platão - Livro VII da República.

Eis o télos (do grego: propósito, objetivo) da Filosofia e do filósofo. Agir na cidade. Ação política. Phrônesis na Pólis.

Curso de Mitologia Grega

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As exposições mitológicas explicitam arquétipos (do grego, arché + typein = princípio que serve de modelo) atemporais e universais.

Desse modo, ao antropomorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características genuinamente humanas, os antigos revelaram os princípios (arché) de sentimentos e conflitos que são inerentes a todo e qualquer mortal.

A necessidade da ordem (kósmos), da harmonia, da temperança (sophrosyne) em contraponto ao caos, à desmedida (hýbris) ou, numa linguagem nietzschiana, o apolíneo versus o dionisíaco, constitui a base de toda antiga pedagogia (Paidéia) tão cara à aristocracia grega (arístois, os melhores, os bem-nascidos posto que "educados").

Com os exponenciais poetas (aedos) Homero (Ilíada e Odisséia), Hesíodo (A Teogonia e O trabalho e os dias), além dos pioneiros tragediógrafos Sófocles e Ésquilo, dispomos de relatos que versam sobre a justiça, o amor, o trabalho, a vaidade, o ódio e a vingança, por exemplo.

O simples fato de conhecermos e atentarmos para as potências (dýnamis) envolvidas na fomentação desses sentimentos, torna-nos mais aptos a deliberar e poder tomar a decisão mais sensata (virtude da prudencia aristotélica) a fim de conduzir nossas vidas, tanto em nossos relacionamentos pessoais como indivíduos, quanto profissionais e sociais, coletivos.

AGIMOS COM MUITO MAIS PRUDÊNCIA E SABEDORIA.

E era justamente isso que os sábios buscavam ensinar, a harmonia para que os seres humanos pudessem se orientar em suas escolhas no mundo, visando atingir a ordem presente nos ideais platônicos de Beleza, Bondade e Justiça.

Estou certa de que a disseminação de conhecimentos tão construtivos contribuirá para a felicidade (eudaimonia) dos amigos, leitores e ouvintes.

Não há dúvida quanto a responsabilidade do Estado, das empresas, de seus dirigentes, bem como da mídia e de cada um de nós, no papel educativo de nosso semelhante.

Ao investir em educação, aprimoramos nossa cultura, contribuimos significativamente para que nossa sociedade se torne mais justa, bondosa e bela. Numa palavra: MAIS HUMANA.

Bem-vindos ao Olimpo amigos!

Escolha: Senhor ou Escravo das Vontades.

A Justiça na Grécia Antiga

A Justiça na Grécia Antiga

Transição do matriarcado para o patriarcado

A Justiça nos primórdios do pensamento ocidental - Grécia Antiga (Arcaica, Clássica e Helenística).

Nessa imagem de Bouguereau, Orestes (Membro da amaldiçoada Família dos Atridas: Tântalo, Pélops, Agamêmnon, Menelau, Clitemnestra, Ifigênia, Helena etc) é perseguido pelas Erínias: Vingança que nasce do sangue dos órgãos genitais de Ouranós (Céu) ceifado por Chronos (o Tempo) a pedido de Gaia (a Terra).

O crime de matricídio será julgado no Areópago de Ares, presidido pela deusa da Sabedoria e Justiça, Palas Athena. Saiba mais sobre o famoso "voto de Minerva": Transição do Matriarcado para o Patriarcado. Acesse clicando AQUI.

Versa sobre as origens de Thêmis (A Justiça Divina), Diké (A Justiça dos Homens), Zeus (Ordenador do Cosmos), Métis (Deusa da presciência), Palas Athena (Deusa da Sabedoria e Justiça), Niké (Vitória), Erínias (Vingança), Éris (Discórdia) e outras divindades ligadas a JUSTIÇA.

A ARETÉ (excelência) do Homem

se completa como Zoologikon e Zoopolitikon: desenvolver pensamento e capacidade de viver em conjunto. (Aristóteles)

Busque sempre a excelência!

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TER, vale + que o SER, humano?

As coisas não possuem valor em si; somos nós que, através do nôus, valoramos.

Nôus: poder de intelecção que está na Alma, segundo Platão, após a diânóia, é a instância que se instaura da deliberação e, conforme valores, escolhe. É o reduto da liberdade humana onde um outro "logistikón" se manifesta. O Amor, Eros, esse "daimon mediatore", entre o Divino (Imortal) e o Humano (Mortal) pode e faz a diferença.

Ser "sem nôus", ser "sem amor" (bom daimon) é ser "sem noção".

A Sábia Mestre: Rachel Gazolla

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O Sábio Mestre: Antonio Medina Rodrigues (1940-2013)

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