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Biblioteca da ESDC recebe obra monumental
Em
memorável sessão de 28 de maio de 2007 a Escola
Superior de Direito Constitucional -
ESDC, prestou solene homenagem ao Prof.
Dr. Pere Villalba,
um dos mais notáveis intelectuais europeus da atualidade, por
ocasião de sua conferência em nossa sede em São Paulo “Sit
ergo antiquorum labor opus nostrum...”
(Confira AQUI).
Quase
dez anos depois, uma vez mais a ESDC é honrada pelo eminente
scholar,
que ofertou a nossa Biblioteca seu monumental recém lançado volume
I de Ramon Llull.
Vida i obres
(o projeto prevê a
publicação de mais dois volumes).
Raimundo Lúlio
(1232-1316) é um dos pensadores medievais mais estudados na
atualidade e um dos autores que mais influência teve no pensamento
europeu ao longo dos séculos.
Foi filósofo,
teológo, escritor, cientista, cientista político, um sábio
humanista que dirigiu todos seus esforços em busca da concórdia
entre os povos de seu tempo e para estabelecer as bases do pensamento
moderno.
Assim o apresenta
Villalba, no vol. I de Ramon Llull. Vida i obres,
com
mais mais de mil páginas, editado pelo “Institut
d’Estudis Catalans” sob o
mecenato da “Elsa Peretti Foundation”,
delegação de Barcelona.
Esse
volume
foi lançado oficialmente em 15 de setembro de 2015, em solenidade no
próprio Institut,
preparando
as comemorações dos 700 anos da morte do “Doutor
Iluminado”, em 2016.
O “Institut
d’Estudis Catalans” encarregou-se da edição – foram
publicados somente 500 exemplares – e do envio do livro a diversas
universidades, centros de pesquisa, presidentes de diversos países e
autoridades, como os dois papas, a rainha da Inglaterra, entre
outros.
Ramon Llull.
Vida i obres é
um livro de síntese, que serve tanto ao especialista quanto a quem
quer se iniciar nos estudos sobre a pessoa, o pensamento e as obras
do grande intelectual maiorquino.
Esse trabalho é
fruto de décadas de dedicação exaustiva do Prof. Villalba, da
Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) e membro da Real Academia
de Letras de Barcelona.
Umberto Eco, também
ele estudioso de Lúlio, afirma que o lugar do nascimento foi
determinante para Llull, pois Maiorca era uma encruzilhada, ná
época, das três culturas: cristã, islâmica e judia, até o ponto
de que a maior parte de suas 280 obras conhecidas terem sido escritas
inicialmente em árabe e catalão.
Lúlio é o
primeiro a empregar língua vernácula para expressar conhecimentos
filosóficos e científicos e foi o criador do catalão literário.
Assim, a obra de Villalba, além do enorme interesse filosófico,
teológico e científico, é também um monumento à cultura e à
identidade da Catalunha.
Prof. Dr. Pere Villalba
Eis que a Sabedoria reina, mas não governa, por isso, quem pensa (no todo) precisa voltar para a caverna, alertar aos amigos. Nós vamos achar que estais louco, mas sabes que cegos estamos nós, prisioneiros acorrentados à escuridão da caverna.Abordo "
O mito da caverna", de Platão - Livro VII da República.
Eis o télos (do grego: propósito, objetivo) da Filosofia e do filósofo. Agir na cidade. Ação política. Phrônesis na Pólis.
As exposições mitológicas explicitam arquétipos (do grego, arché + typein = princípio que serve de modelo) atemporais e universais.
Desse modo, ao antropomorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características genuinamente humanas, os antigos revelaram os princípios (arché) de sentimentos e conflitos que são inerentes a todo e qualquer mortal.
A necessidade da ordem (kósmos), da harmonia, da temperança (sophrosyne) em contraponto ao caos, à desmedida (hýbris) ou, numa linguagem nietzschiana, o apolíneo versus o dionisíaco, constitui a base de toda antiga pedagogia (Paidéia) tão cara à aristocracia grega (arístois, os melhores, os bem-nascidos posto que "educados").
Com os exponenciais poetas (aedos) Homero (Ilíada e Odisséia), Hesíodo (A Teogonia e O trabalho e os dias), além dos pioneiros tragediógrafos Sófocles e Ésquilo, dispomos de relatos que versam sobre a justiça, o amor, o trabalho, a vaidade, o ódio e a vingança, por exemplo.
O simples fato de conhecermos e atentarmos para as potências (dýnamis) envolvidas na fomentação desses sentimentos, torna-nos mais aptos a deliberar e poder tomar a decisão mais sensata (virtude da prudencia aristotélica) a fim de conduzir nossas vidas, tanto em nossos relacionamentos pessoais como indivíduos, quanto profissionais e sociais, coletivos.
AGIMOS COM MUITO MAIS PRUDÊNCIA E SABEDORIA.
E era justamente isso que os sábios buscavam ensinar, a harmonia para que os seres humanos pudessem se orientar em suas escolhas no mundo, visando atingir a ordem presente nos ideais platônicos de Beleza, Bondade e Justiça.
Estou certa de que a disseminação de conhecimentos tão construtivos contribuirá para a felicidade (eudaimonia) dos amigos, leitores e ouvintes.
Não há dúvida quanto a responsabilidade do Estado, das empresas, de seus dirigentes, bem como da mídia e de cada um de nós, no papel educativo de nosso semelhante.
Ao investir em educação, aprimoramos nossa cultura, contribuimos significativamente para que nossa sociedade se torne mais justa, bondosa e bela. Numa palavra: MAIS HUMANA.
Bem-vindos ao Olimpo amigos!
Transição do matriarcado para o patriarcado
A Justiça nos primórdios do pensamento ocidental - Grécia Antiga (Arcaica, Clássica e Helenística). Nessa imagem de Bouguereau,
Orestes (Membro da amaldiçoada Família dos Atridas: Tântalo, Pélops, Agamêmnon, Menelau, Clitemnestra, Ifigênia, Helena etc) é perseguido pelas Erínias: Vingança que nasce do sangue dos órgãos genitais de Ouranós (Céu) ceifado por Chronos (o Tempo) a pedido de Gaia (a Terra).O crime de matricídio será julgado no Areópago de Ares, presidido pela deusa da Sabedoria e Justiça, Palas Athena. Saiba mais sobre o famoso "voto de Minerva": Transição do Matriarcado para o Patriarcado. Acesse clicando AQUI.Versa sobre as origens de Thêmis (
A Justiça Divina), Diké (
A Justiça dos Homens), Zeus (
Ordenador do Cosmos), Métis (
Deusa da presciência), Palas Athena (
Deusa da Sabedoria e Justiça), Niké (
Vitória), Erínias (
Vingança), Éris (
Discórdia) e outras divindades ligadas a
JUSTIÇA.
A ARETÉ (excelência) do Homem
se completa como Zoologikon e Zoopolitikon: desenvolver pensamento e capacidade de viver em conjunto. (Aristóteles)
TER, vale + que o SER, humano?
As coisas não possuem valor em si; somos nós que, através do nôus, valoramos.
Nôus: poder de intelecção que está na Alma, segundo Platão, após a diânóia, é a instância que se instaura da deliberação e, conforme valores, escolhe. É o reduto da liberdade humana onde um outro "logistikón" se manifesta. O Amor, Eros, esse "daimon mediatore", entre o Divino (Imortal) e o Humano (Mortal) pode e faz a diferença.
Ser "sem nôus", ser "sem amor" (bom daimon) é ser "sem noção".
Você se sentiu ofendido...
irritado (em seu "phrenas", como diria Homero) ou chocado com alguma imagem desse Blog? Me escreva para que eu possa substituí-la. e-mail: mitologia@esdc.com.br
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