"Existe uma coisa que eu não sei o que é.
Porém, sei que se essa coisa não existisse nada mais existiria, nem Deus.
Que coisa é essa?"
Que coisa é essa?"
A pergunta acima foi feita a Jéssica, uma estudante de 11 anos de Curitiba. Para espanto do professor, ela respondeu que essa coisa era a realidade. O “real” existe, independente de nós? Através de nós? Ou ainda: É possível alcançarmos o entendimento do que é real?
Sabemos que, tanto nós mesmos, quanto as atividades políticas, econômicas, sociais e culturais (artísticas) que vivenciamos estão em constante movimento. E, na realidade (literalmente), quando um movimento desses se destaca, se sobressai, é comum utilizarmos o termo “fenômeno”. Constatamos assim, o fenômeno das redes sociais; o fenômeno da crise econômica mundial; do elevado número de divórcios; da corrupção, fenômenos da moda, da música e até mesmo o brilhantismo técnico de um esportista o alça à alcunha de “fenômeno”.
Ininterrupto e imensurável, o caldeirão da realidade abarca tudo o que aparece aos nossos sentidos ou à nossa intuição intelectiva. Realidade é espelho, aparência de “algo” e tudo o que manifesta (phainestai) é fenômeno (phaenomenon). Assim, é também o que aparece no placar que faz ou não, de Ronaldo, “fenômeno”.
Fenômeno é algo em constante movimento, sempre em aberto e justamente por ter seu campo ilimitado, se esquiva a ser enquadrado dentro de uma ciência particular. Desta espécie de “árvore”, com suas raízes ocultas, proliferam inúmeros galhos, em diferentes direções, sem um télos (propósito) pré-determinado ou definitivo.
Diante dessa imensidão, Paul Ricouer (1913-2005) diz que “atendo-se à etimologia, quem quer que trate da maneira de aparecer do que quer que seja ou, consequentemente, que descreva as aparências ou as aparições, faz Fenomenologia”. Contando com estudiosos de diversas áreas, grupos ou associações acadêmicas mais informais, o “círculo” (os alemães denominavam "kreis”) de fenomenólogos é vasto. Um exemplo interessante é o do experiente engenheiro Kleber Sernik, que discorre sobre o desencadeamento da crise econômica mundial valendo-se do sistema dialético hegeliano (http://www.blogdoklebers.blogspot.com/).
Uma vez que esse “movimento” se assentou definitivamente na Filosofia e, a rigor, “o movimento fenomenológico” ambiciona, nas palavras de Merleau-Ponty (1908-1861) “revelar o mistério da razão e o mistério do mundo”, há de se estabelecer um recorte mais austero do que é Fenomenologia.
Dos pré-socráticos aos modernos, muitos versaram sobre a questão das aparências. Platão (427 a.C. – 347 a.C.) já tratara do problema do “ser em si e suas aparências no mundo sensível” quando, no Livro VI da República, em diálogo com Glauco, Sócrates diz: “Reconhecerás que o Sol proporciona às coisas visíveis, não só, segundo julgo a faculdade de serem vistas, mas também a sua gênese, crescimento e alimentação, sem que seja ele mesmo a gênese”.
O termo “fenomenologia” foi utilizado pela primeira vez na obra “Novo Organon” (1764), de J.H. Lambert (discípulo de Christian Wolff), entendendo-o como sendo “a teoria da ilusão” e suas inúmeras formas. Ilusão porque a aparência pode: a) revelar ou apontar o caminho rumo à verdade; b) iludir encobrindo-a ou ainda, c) ocultar a verdade.
Immanuel Kant (1724-1804), afirmou numa carta, que a primeira parte de sua “Crítica da Razão Pura” deveria ter o título de “A Fenomenologia em geral”, uma espécie de introdução a preceder à metafísica. Mas preferiu o título de “Estética Transcendental”, atribuindo-lhe a “tarefa de investigar a estrutura do sujeito e das ‘funções’ do espírito, circunscrevendo o campo do aparecer ao ‘fenômeno’”. Com isso, Kant delimitou as pretensões de alcance de nosso conhecimento e, incognoscível, a metafísica foi excluída de nossas faculdades de entendimento.
Ao estudo do “Ser” (em si e por si, que subjaz à realidade/manifestação) já se denominou teologia, metafísica, mas é com o fundador do movimento fenomenológico, Edmund Husserl (1859-1938) que temos um conteúdo novo a uma palavra já antiga: Ontologia – o ramo da Filosofia que se propõe a estudar a ciência do Ser como uma disciplina distinta.
Na evolução do “Movimento Fenomenológico” ao longo da História, foi o alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830) quem impôs definitivamente o termo na tradição filosófica. Com a obra “Fenomenologia do Espírito” (1807), nos apresentará conceitos de Ser em si, de “o Absoluto”.
Será no modo como concebe a relação entre o fenômeno e o ser – ou o Absoluto, que Hegel ultrapassará a fenomenologia kantiana, pois, enquanto Kant insiste na incognoscibilidade, ele afirmará que, sendo cognoscível, o fenômeno nada mais é que a manifestação do próprio Ser, ou seja, do Absoluto, qualificando-o como sendo o Espírito.
Assim, a Fenomenologia em Hegel será uma filosofia do Espírito, do Absoluto: “O trágico na História humana é um momento necessário para o vir-a-ser do Espírito, por ser o que Hegel denomina o negativo – isto é, o motor do movimento da História, sem o qual o Espírito não poderia enriquecer-se de suas sucessivas figuras e manifestações”.
A fenomenologia hegeliana, refutando a incognoscibilidade dessa ciência, acaba por fornecer “todos os materiais ao filósofo, cabendo a este pensar sobre esta ordem oculta e falar de seu significado absoluto”.
Enquanto que na fenomenologia kantiana, o Ser é concebido como limitador do conhecimento do “nômeno”, que é a “causa” do fenômeno (inalcançável por nossa vã filosofia, pois não pode ser pensado como objeto dos sentidos, mas somente como coisa em si), no sistema hegeliano: “o fenômeno é reabsorvido dentro do conhecimento sistemático do ser”.
O filósofo francês André Dartigues, em sua obra “Qu’est-ce que la phénomenologie”, esclarece: “Não se trata, para Hegel, de construir uma filosofia na qual a verdade do absoluto se enunciasse de fora ou ao lado da experiência humana e sim de mostrar como o absoluto está presente em cada momento desta experiência, tanto religiosa, como estética, jurídica, política ou prática”.
A genialidade de Hegel está em elucidar que tudo o que aparece na realidade, o fenômeno (suspendamos juízos de valor) é manifestação do Absoluto. A magnitude que sua teoria atinge, através de uma peculiar dialética (a presentificação do eterno e o mecanismo intrínseco de seu incessante vir a ser), o eleva a vertiginosa estatura de um Platão.
17 comentários:
Para citar um sabio:
"O homem primeiro forma imagens e sentidos em sua cabeça para depois buscar na natureza."
A.Einstein.
Acho que a busca pela verdade absoluta não existe pois a verdade é somente aquilo que entendemos do mundo.
Para elucidar, posso citar um exemplo que conheço bem um casal que se separa depois de anos brigando e se machucando...
Ao conversar com o casal cada um lembra se do que mais magoou e acredita piamente que aquilo foi feito por maldade e interesse do proximo....
Como dizer a uma mulher que apanhou 15 anos do homem que ela jurou amar, que ele era um doente por causa da bebida?
Como dizer a um homem doente que sua esposa não traiu seu juramento de amor eterno mas sim cansou de apanhar?
Não consigo ver uma verdade absoluta, somente duas pessoas que entenderam seus "phenomenos" de maneiras diferentes.
O que é real para mim pode não ser real para você citando Einstein de novo, a constituida necessidade de se formar algo para que a mente entenda, como essa mensagem se forma e se ela é uma verdade é outra discussão.
Mas já falei demais, de algo que pouco entendo, para algo que pouco entendo pois minha visão da realidade também é pouca precisa é como ela me comunica e eu a entendo não necessariamente que seja verdade.
Parabens pelo Blog professora
Julio Cezar Klein
Querido Julio,
Quando afirmas crer "que a busca pela verdade absoluta não existe, pois a verdade é somente aquilo que entedemos do mundo" desconfias de que o sofista Protágoras está correto em afirmar que "O homem é a medida de todas as coisas; das que são porque são e das que não são, porque não são".
Quanto à Einstein, postarei um breve trecho dele sobre fenô:
1. Albert Einstein (1879-1955)
A relatividade dos fenômenos naturais
Na entrevista concedida ao “Times” de Londres (Como vejo o mundo), em 1914, Einstein afirma que: “Em física, é possível distinguir várias teorias, pela natureza de suas diferenças.
Em sua maior parte, são teorias construtivas: por meio de um sistema de fórmulas relativamente simples colocadas em sua base, procuram construir uma imagem de fenômenos mais complexos.
É o que ocorre com a teoria cinética de gás, ao reduzir os fenômenos mecânicos, térmicos e de difusão a movimentos de moléculas, isto é, a construí-los a partir da hipótese do movimento molecular.
Quando se diz que se consegue captar um grupo de fenômenos naturais, isto significa sempre que se encontrou uma teoria construtiva que abrange os fenômenos em questão.
Entretanto, ao lado deste importante grupo de teorias, há um segundo grupo ao qual dou o nome de teorias de princípios, que – em lugar do método sintético – emprega o método analítico.
Aqui, o ponto de partida e a base não são constituídos por elementos provenientes de construções hipotéticas e sim por propriedades gerais encontradas empiricamente, por fenômenos naturais, por princípios dos quais decorrem em seguida os critérios matematicamente formulados aos quais os fenômenos particulares ou suas imagens teóricas devem satisfazer.
É assim que a termodinâmica tenta, a partir deste resultado geral da experiência, de que o movimento perpétuo é impossível determinar, pela via analítica, as relações às quais os fenômenos particulares devem satisfazer.
As teorias construtivistas possuem, além de sua capacidade de adaptação e de sua evidência, a vantagem de serem completas; a vantagem das teorias de princípio é a perfeição e a segurança de seus fundamentos.
A teoria da relatividade pertence a esta segunda categoria. Para captar sua essência, de início, é preciso aprender a conhecer os princípios sobre os quais ela repousa. Mas, antes de examiná-los, devo assinalar que a teoria da relatividade se assemelha a um monumento em dois estágios, que são a teoria da relatividade restrita e a da relatividade generalizada.
A primeira, sobre a qual repousa a segunda, diz respeito a todos os fenômenos físicos, exceto a gravitação; a teoria da relatividade generalizada atribui uma lei à gravitação e às relações desta lei com todas as demais forças naturais.”
Gratíssima por ter postado amigo.
bjs,
lu.
Muito bom seu texto Lú, pena que parou antes de chegar no Heidegger e no Sartre, embora com título de introdução, está perfeito.
Beijos
Oi Alan,
Pois é, o certo é pegá-los também, sem dúvida. Falar de Fenomenologia sem Heidegger, principalmente, é heresia, rs.
Mas o foco é tentar explicar (mas que pretensão a minha!) a "Fenomenologia do Espírito" de Hegel, que deverá ser o próximo texto (novembro).
Meu espaço no jornal é limitado amigo... e estou louca pra escrever sobre "O Amor Cortês - do séc. XII ao XXI", pegando a lenda do rei Arthur, o Cavaleiro Lancelot e a bela rainha Guinevere. Já abri mão disso por Hegel, Heidegger fica para 2011 mesmo. Se os deuses permitirem e inspirarem, of course!
Mil beijos,
lu.
"Não consigo ver uma verdade absoluta, somente duas pessoas que entenderam seus "phenomenos" de maneiras diferentes."
Essa frase do Júlio faz sentido, mas imagino que esteja errada. Quando constatamos que existem opiniões diferentes sobre os fenômenos que ocorrem no dia-a-dia, a maioria das pessoas tende a chegar a uma conclusão de que "tudo é relativo", ou como disse acima a própria Lu, "o homem como medida das coisas". O problema é que eu não entendo as diversas opiniões como a inexistência de uma verdade absoluta, mas como a nossa dificuldade em apreender essa verdade quando ela é complexa demais e demanda abstrações que não possuem o mesmo "apelo de realidade" que as realidades captadas pelos sentidos. Nunca vi na minha vida alguém negar que isso aqui na minha frente é um computador, mas discutir a teoria da relatividade pode gerar diferentes interpretações, pela complexidade das abstrações exigidas. Como estudante de economia, acredito que existem leis econômicas, mas que possuo uma capacidade limitada de compreendê-las, portanto devo ser humilde e estar sempre disposto a rever o que eu entendo por realidade. Mas não estou disposto a aceitar teorias flagrantemente ilógicas ou a ausência de indicações empíricas como ciência, pois senão nunca poderia formar juízo sobre nada.
Bjos Lu, seu blog é muito bom.
Zamba
Zamba meu querido,
Você não é um dos rapazes do MV?
Que prazer vê-lo por aqui amigo!
E fico felix por saber que está apreciando nosso Blog.
Já leu a avareza/ganância dentre “Os Sete Pecados Capitais”? E a comédia sobre “Pluto – o deus da Riqueza”? Foi o mais perto que cheguei de $, digo, de oikósnomós.
Pois é, dogma não dá. O fascinante em filosofia é que você vê neguinho se matando ao discutir o sexo dos anjos e interiormente sabe que, como dizia o finado grande (literalmente) filósofo brasileiro Tim Maia: “tudo é tudo e nada é nada”, rs.
Quanto ao “problema” que observastes “(...) é que eu não entendo as diversas opiniões como a inexistência de uma verdade absoluta, mas como a nossa dificuldade em apreender essa verdade quando ela é complexa demais e demanda abstrações que não possuem o mesmo "apelo de realidade" que as realidades captadas pelos sentidos. (...)”, estais corretíssimo!
Sugiro que dê uma olhada no texto intitulado “Ethos – entre a verdade e a invenção das razões”, num dos trechos, digo que “Se a matemática e a geometria (musa inspiradora de Platão), por exemplo, são ciências "puras", "a priori", pois dispensam a experiência e estão muito bem acomodadas no abstrato mundo das idéias (Ideal), pois independente da época, geografia ou cultura, duas vaquinhas com mais duas vaquinhas soma o total de quatro vaquinhas (e não se discute mais isso), o mesmo não se pode dizer do rico e fértil solo das ciências humanas.”
Muitíssimo grata pela postagem Zamba, espero vê-lo por aqui mais vezes.
Mil beijos,
Lu.
PS.: Quando o amigo Julio Cezar "Leônidas 300" Klein (estudioso da Batalha das Termópilas) diz:
"Para citar um sábio:
"O homem primeiro forma imagens e sentidos em sua cabeça para depois buscar na natureza."
A.Einstein."
Devo salientar que esse "Sábio" deve ter sido leitor atento de outro Sábio: Platão. Essa teoria está n'A República. O exemplo usado, se não me falha mnemósyne, é da cama, a "camidade", da cama, rs.
Lu,
Obrigado pelo comentário. Eu sou sim um dos que frequentam o MV. Aliás sou o dono da comunidade do Alex no Orkut, que só tem eu, vc e mais uma garota como membros, haha. O Alex ainda não está muito popular, não é mesmo?
Eu me interesso bastante por filosofia e estou sempre por aqui desde que descobri o seu blog. Obrigado pelas dicas, vou dar uma olhada.
Bjos, Zamba
Querido Zamba,
Perdoe a morosidade em responder amigo. Estou atarefada, cuidando da festinha de 8 aninhos do caçula, Théo.
Quanto ao Alex, inteligente, hein? É fã dos gregos!
O Orkut é que não anda muito popular, rs. Tenho minha página lá, mas quase nunca entro (embora as crianças adorem fazer "fazendinha", "cafés" e etc).
Atualmente, interajo mais pelo Facebook.
Estou feliz por saber que também nutre philía à sophia e que frequenta nosso blog.
Quando ler (os textos indicados), se puder, poste seus comentários.
É muito bem-vindo o olhar de um oikósnomós.
Mil beijos Zamba,
lu.
Bebi na dialética hegeliana para embasar o meu trabalho de pós que aborda as mazelas da sociedade brasileira "Tensionamentos Filosóficos sobre Distinções entre Ética e Moral na Política Brasileira" http://www.teliga.net/search/label/Filosofia
Foi muito bom ter lido aqui uma explicação palatável sobre a fenomenologia, apesar da obra homônima de Hegel não sê-la.
Filosofia é tudo de confuso...
Aha!
O amigo Isaias também gosta de uma mega encrenca, hein? Assim que puder, vou conferir sua tese. A obra de Hegel não é mesmo... vejamos o que dará para fazer, rs.
Caríssimo "E e J",
Tudo de confuso? Não estou fazendo meu trabalhinho direito. Tentarei me empenhar mais amigo.
Gratíssima por terem comentado!
Beijos,
lu.
Oi, Luciene. Tudo bem? Lendo o teus textos me dá uma tremenda saudade das minhas aulas de Filosofia...
Essa é a ponte sobre a qual te falei: essa "tal realidade" e o estudo da Filosofia. É algo que abrange a intuição, o nosso cotidiano, as nossas escolhas. Sem esses pensadores e sem vocês, professores, como aprenderíamos?
Parabéns para você pelo dia de ... ontem. Tô na corrida. Beijos!
Esqueci de comentar: gostei muito do início do artigo, falando sobre "fenômeno" e o peso e importância atribuídos a essa palavra hoje em dia.
Parafraseando meu adorado papito:
"Quem deixou os seus estudos,
E tem nos grandes seus amores,
Venha matar a saudade,
Esse Blog é de pensadores".
Inspirado, hein? rs.
Mil beijos e muito grata Gisela querida.
lu.
Tentei enviar um e-mail a respeito do comentário sobre publicação de artigo sobre bolha imobiliária mas infelizmente o e-mail está acusando erro de envio.
Olá Pedro,
É um prazer vê-lo por aqui amigo.
Meu e-mail é simples: "mitologia@esdc.com.br". Se puder, tente novamente. Estou ansiosa pela possibilidade de publicarem o artigo.
Twittei o "bolhabrasilia". Espero que as pessoas acessem e fiquem alertas ao "podre no reino", rs.
Beijos,
lu.
Olá, Luciene, parabéns pelo blog!
Permita-me (como diria meu ex professor de Filosofia), primeiramente, manifestar meu ente para os vossos sentidos (agora eu existo para sua pessoa, fui desvelado e veiculado através da internet).
Me chamo Manoel Ribeiro e sou estudante de Psicologia em uma faculdade de Olinda, terceiro período.
Fiquei ciente do seu blog através de uma amiga e colega de sala, responsável por veiculá-lo na lista de distribuição da turma.
O contato e o interesse pela Fenomenologia surgiu há mais ou menos um ano, quando o mesmo professor aplicou seminários como avaliação.
Um dos grupos apresentou sobre Husserl e Heidegger. A palavra fenomenologia me chamou atenção, com especial ênfase para epoché, suspensão do juízo. Muito ouvi falar sobre "colocar entre parênteses", resolvi então pesquisar sobre o assunto.
Li um livro de Forguieri e Goto a respeito do assunto, ambos muito bons.
Esperamos ansiosamente a segunda parte do artigo sobre o que fundamenta o real. É de tirar o chapéu, a explanação é clara e objetiva.
Parabéns e obrigado.
Postar um comentário